A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que nos últimos 28 anos a porcentagem de pessoas obesas no mundo duplicou. Em 2008 o número de indivíduos com sobrepeso era de aproximadamente 1.5 bilhão e 400 milhões portadores de obesidade. Em 2015, estes números vão alcançar 2.3 bilhões e 700 milhões, respectivamente. Qual a causa desta pandemia avassaladora?
A percepção de que esta doença é uma questão comportamental não é totalmente verdadeira. A crença (tanto da população leiga quanto da comunidade médica) de que basta “comer direito e praticar atividade física” para tratar estes pacientes é absolutamente errônea.
A obesidade pose ser descrita como uma doença na qual existe uma alteração bioquímica no cérebro, promovendo aumento de peso e mudanças secundárias no comportamento para manter o balanço energético. A enfermidade é a consequência de uma série de fatores:
o Alteração hormonal: aumento do hormônio insulina, responsável pela entrada do açúcar na célula; quando em excesso a insulina promove resistência ao hormônio leptina, o qual promove saciedade e aumento do gasto energético. Em outras palavras, os alimentos ricos em gordura e açúcar causam alterações hormonais que predispõem o corpo a armazenar gordura e a queimar menos calorias
o Alteração Hipotalâmica: estes alimentos tóxicos causam inflamação e morte dos neurônios do hipotálamo, região do cérebro responsável pela saciedade
o Alimentos viciantes: está comprovado cientificamente que alimentos ricos em gordura saturada e açúcar agem da mesma forma que drogas (lícitas e ilícitas) causando vício e síndrome de abstinência quando retirados da dieta
o Alteração Hormonal: quando há privação de sono ocorre aumento de grelina (hormônio que aumenta a fome) e diminui leptina
o Diminuição da atividade física: com o aumento do cansaço físico o corpo tende a poupar energia
o Maior oportunidade para ingerir alimentos
o Alteração hipotalâmica: os estudos mostram que o cortisol mata neurônios que atuam na inibição da ingesta alimentar, alterando a saciedade
o Acúmulo de gordura: o cortisol promove acúmulo de gordura na região do abdome (a mais perigosa para a saúde)
o Escolha do alimento: outra característica do estresse é a escolha do alimento, que normalmente é rico em gordura e açúcar
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