De olho no prato: crianças também podem se viciar em alimentos

Sabe quando bate aquela vontade louca de comer um docinho ou um lanche daquela famosa hamburgueria que todo mundo conhece?

Pois aquele desejo repentino de comer um doce ou carboidrato não ocorre somente com adultos, mas com crianças, especialmente se elas já foram apresentadas a estes tipos de alimentos e costumam ingeri-los com uma certa frequência. A endocrinologista Adriana Pessôa explica que certos tipos de alimentos podem nos viciar.

 Quais são os alimentos que mais viciam?

Os alimentos que viciam são os doces, massas brancas, pães brancos e alimentos industrializados, como biscoitos e salgadinhos.

O indivíduo não consegue parar de comer porque esses alimentos promovem um pico de açúcar no sangue e são rapidamente absorvidos. Consequentemente, o açúcar (ou a glicemia) cai e o organismo pede mais. É aquela história do chocolate que você nunca come um só (muitas vezes devora a caixa toda).

 Quais os sintomas que apontam para o vício em alimentos?

Depois de entrar nesse círculo vicioso, acompanhado de muita culpa e com alguns quilinhos a mais, fica um pouco difícil de sair dessa rotina. Por isso é tão difícil parar de comer. Alguns sintomas podem ser não conseguir parar de ingerir um determinado tipo de alimento, muitas vezes saindo para comprar o mesmo.

 Existem trocas que podem funcionar?

A solução é optar por alimentos integrais, evitar frituras e substâncias muito artificiais. Para lanches, o ideal é escolher frutas frescas, sanduíche com queijo e pão integral, além de vegetais em forma de palito.  Esta mudança melhora o humor, capacidade de raciocínio e sua saúde em geral. Vai valer o esforço!

A Dra. Adriana Pessôa é endocrinologista formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Tem residência em Clínica Médica e em Endocrinologia também pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). É membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Endocrino Society e da American Diabetes Association).

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